
No passado dia 5 de Fevereiro, 50.000 trabalhadores da Administração Pública saíram à rua exigindo melhores condições laborais. Gritaram bem alto que não querem continuar a pagar a crise perpetuada por outros.
Os sacrifícios pedidos aos trabalhadores são em verdade, meras manobras de diversão para encobrir a ânsia do controlo financeiro e económico. A especulação e seus ganhos estão à vista de todos:
• Em 2009 os quatro maiores bancos privados a operar no mercado nacional lucraram 1,4 mil milhões de euros, mais 14% que em 2008. Um montante que serviria para financiar a construção de dez barragens. (Fonte Jornal de Noticias)
• A EDP lucrou nos primeiros 9 meses de 2009, 835 milhões de euros – graças ao aumento da electricidade em 2,9% – destinando 748 milhões de euros para os respectivos accionistas, metade dos quais estrangeiros. (Fonte Frente Comum)
Na verdade, enquanto uns lucram, outros sobrevivem:
• A pobreza atinge 2,0 milhões de portugueses; (Fonte CGTP)
• O Rendimento Social de Inserção beneficia 152.421 famílias, mais 23.858 do que o ano anterior; (Fonte Público)
• O desemprego alcançou 10,5 % no 4º trimestre de 2009 – o grupo mais afectado pelo desemprego são os jovens (25-34 anos), registando-se um aumento de 23,3%; (Fonte INE)
• 1 Milhão e 200 mil trabalhadores são precários; (Fonte INE)
A verdade não está expressa no Orçamento de Estado para 2010. Atendendo ao actual contexto, deveria este, traçar medidas que assumissem a salvaguarda dos trabalhadores. No entanto, as suas propostas reforçam a desigualdade e o retrocesso social. Veja-se o congelamento de salários – sina em ano sem eleições – e a retirada de direitos na aposentação aos trabalhadores da Administração Pública. Estas preocupações juntam-se a tantas outras, na recuperação do vínculo público, na efectivação de direitos, na luta contra o trabalho precário, na suspensão do SIADAP e abolição das quotas na avaliação de desempenho. No dia 4 de Março estaremos em greve. Nesse dia teremos a oportunidade de dizer basta. Basta de injustiça, basta de despesismo imoral, basta de mentira. É verdade que é possível, emprego público com direitos, sem exploração e precariedade. É verdade que é possível, salários e pensões dignos, com reposição do poder de compra perdido. É verdade que é possível, a manutenção do horário de 35 horas semanais e 7 diárias, contra a adaptabilidade e a desumanidade da flexibilidade. É verdade que é possível, a reposição das condições dignas de aposentação, anteriores a 2004. É verdade que é possível abandonar a actual estratégia privatizadora dos sectores da água, saneamento e resíduos sólidos e promover serviços públicos de qualidade para todos. É verdade que é possível a mudança, a começar já dia 4 de Março, com a Greve Nacional da Administração Pública.
Os sacrifícios pedidos aos trabalhadores são em verdade, meras manobras de diversão para encobrir a ânsia do controlo financeiro e económico. A especulação e seus ganhos estão à vista de todos:
• Em 2009 os quatro maiores bancos privados a operar no mercado nacional lucraram 1,4 mil milhões de euros, mais 14% que em 2008. Um montante que serviria para financiar a construção de dez barragens. (Fonte Jornal de Noticias)
• A EDP lucrou nos primeiros 9 meses de 2009, 835 milhões de euros – graças ao aumento da electricidade em 2,9% – destinando 748 milhões de euros para os respectivos accionistas, metade dos quais estrangeiros. (Fonte Frente Comum)
Na verdade, enquanto uns lucram, outros sobrevivem:
• A pobreza atinge 2,0 milhões de portugueses; (Fonte CGTP)
• O Rendimento Social de Inserção beneficia 152.421 famílias, mais 23.858 do que o ano anterior; (Fonte Público)
• O desemprego alcançou 10,5 % no 4º trimestre de 2009 – o grupo mais afectado pelo desemprego são os jovens (25-34 anos), registando-se um aumento de 23,3%; (Fonte INE)
• 1 Milhão e 200 mil trabalhadores são precários; (Fonte INE)
A verdade não está expressa no Orçamento de Estado para 2010. Atendendo ao actual contexto, deveria este, traçar medidas que assumissem a salvaguarda dos trabalhadores. No entanto, as suas propostas reforçam a desigualdade e o retrocesso social. Veja-se o congelamento de salários – sina em ano sem eleições – e a retirada de direitos na aposentação aos trabalhadores da Administração Pública. Estas preocupações juntam-se a tantas outras, na recuperação do vínculo público, na efectivação de direitos, na luta contra o trabalho precário, na suspensão do SIADAP e abolição das quotas na avaliação de desempenho. No dia 4 de Março estaremos em greve. Nesse dia teremos a oportunidade de dizer basta. Basta de injustiça, basta de despesismo imoral, basta de mentira. É verdade que é possível, emprego público com direitos, sem exploração e precariedade. É verdade que é possível, salários e pensões dignos, com reposição do poder de compra perdido. É verdade que é possível, a manutenção do horário de 35 horas semanais e 7 diárias, contra a adaptabilidade e a desumanidade da flexibilidade. É verdade que é possível, a reposição das condições dignas de aposentação, anteriores a 2004. É verdade que é possível abandonar a actual estratégia privatizadora dos sectores da água, saneamento e resíduos sólidos e promover serviços públicos de qualidade para todos. É verdade que é possível a mudança, a começar já dia 4 de Março, com a Greve Nacional da Administração Pública.