quinta-feira, 31 de maio de 2007

O dia seguinte



A Greve Geral foi um inegável sucesso!

Fundamentamos esta posição na elevada taxa de adesão, mobilizando-se para o efeito milhares de trabalhadores em todas as áreas de actividade, demonstrando-se o empenho e espírito de sacrifício dos trabalhadores, na luta em defesa dos seus direitos.

Este reforço da oposição à desregulação das relações laborais, desemprego, insegurança e encerramento de serviços públicos, apresenta-se como um claro aviso ao governo das motivações e preocupações contextualizadas na sociedade actual.

Em Borba, a taxa de adesão na Administração Local cifrou-se em 90%, resposta clara e inequívoca que a força e luta dos trabalhadores Borbenses não pode ser subestimada, saudando-se a sua coragem, determinação e sacrifícios pessoais, para si e para as suas famílias, no exercício inalienável do direito à greve.

A luta continua!!!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Comunicado da Comissão Sindical de Borba

Em sequência do descontentamento de alguns trabalhadores da Câmara Municipal de Borba, em relação ao conteúdo dos objectivos propostos no âmbito do processo de avaliação de desempenho - SIADAP, nomeadamente, na alínea alusiva à obtenção da taxa anual de absentismo, apenas excluindo do seu cálculo as faltas por motivos de saúde, de nascimento de descendente directo ou por nojo, correspondentes ao funcionário, cumpre-nos esclarecer o seguinte:

Existem outras que igualmente devem ser contempladas, quer por configurarem ausências que merecem uma especial protecção, do ponto de vista constitucional e legal, quer porque decorrem de situações que merecem igual tratamento ao das faltas que já estão previstas no documento.

De entre as situações que merecem especial protecção, destacamos as que se integram no âmbito das garantias constitucionalmente reconhecidas aos trabalhadores e suas organizações representativas, nomeadamente:

- As ausências decorrentes do exercício do direito à greve;
- As ausências decorrentes do exercício da liberdade sindical;
- As ausências decorrentes do apoio à família, particularmente as respeitantes à maternidade/paternidade.

Todas elas configuram situações que merecem uma especial protecção constitucional, desenvolvida nas leis que se reportam a essas matérias e que as regulamentaram de modo a que os direitos em causa não possam ser objecto de constrangimentos que inibam o seu pleno gozo.

Idênticas razões poderão ser apontadas para outras ausências, como as decorrentes do estatuto do trabalhador-estudante, tendo em conta que lhes estão subjacentes direitos que visam o acesso à educação e à valorização pessoal e profissional de todos quantos se empenham em conciliar o trabalho com a sua valorização cultural, o que obviamente se reflecte no respectivo desempenho profissional.

Sendo dever do Estado promover o acesso universal dos cidadãos à educação e à cultura, mal estaria se, através das entidades públicas que o integram, tomasse, designadamente no âmbito da avaliação do desempenho, medidas restritivas do pleno usufruto desses direitos.

Parece-nos, assim, absolutamente incontroverso que, por força das normas constitucionais e legais que regem as situações acima referidas, no cálculo da taxa de absentismo nunca poderão ser relevadas as ausências por motivo de greve, exercício da actividade sindical e maternidade/paternidade, abrangendo esta última expressão diversas situações que correspondem a efectivo serviço prestado.

Mas, para o efeito em causa, consideramos que também devem ser devidamente relevadas outras ausências que têm uma natureza eminentemente humanitária, como é o caso das faltas por doação de sangue e socorrismo, ou que derivam de situações que, estando devidamente justificadas, nos termos legais, não podem ter outras consequências se não as que a lei expressamente determina.

Nesse elenco situam-se, designadamente, por força do estabelecido no D. lei 100/99, de 31/3 e para além das que o referido documento já assume, as faltas por doença, reabilitação profissional, consultas médicas e exames complementares de diagnóstico, prestação de provas de concurso e por conta do período de férias.

Parece-nos incontroverso que situações desta natureza, ou pelos fins humanitários e sociais que prosseguem ou porque não resultam da exclusiva vontade do trabalhador, merecem tratamento igual ao que o referido documento reconhece a outras que expressamente assume.

Nestes termos e pelo exposto, considera-se que, para além das ausências enunciadas no documento em apreço, devem também acrescentar-se as decorrentes de:

- Exercício do direito à greve;
- Actividade sindical;
- Estatuto do trabalhador-estudante;
- Assistência a familiares;
- Adopção;
- Doença;
- Reabilitação profissional;
- Consultas médicas e exames complementares de diagnóstico;
- Doação de sangue e socorrismo;
- Prestação de provas de concurso;
- Por conta do período de férias.


A Comissão Sindical de Borba

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Congelamentos das carreiras prolonga-se até ao final de 2008


“Os funcionários públicos vão continuar, durante o próximo ano, a ter as progressões de carreira congeladas, prolongando uma situação que se verifica desde Junho de 2005 e que tinha sido anunciada pelo Governo como transitória até que a reforma do regime de carreiras e remunerações estivesse concluída.
Apesar da aplicação do novo regime estar prevista para o início do próximo ano, a verdade é que, de acordo com a proposta entregue pelo Governo aos sindicatos, para que um funcionário consiga, da forma mais rápida, uma melhoria da sua posição remuneratória na carreira, precisa que as chefias lhe atribuam uma classificação de "excelente" na avaliação, e esta avaliação apenas irá começar a decorrer a partir de 1 de Janeiro de 2008, quando as novas regras estiverem a vigorar.
As primeiras subidas no posicionamento remuneratório dos funcionários públicos apenas irão ocorrer, assim, em 2009, quando já forem conhecidas as notas referentes ao ano de 2008. E mesmo em 2009, ano de eleições legislativas, poucos serão os funcionários beneficiados com as progressões. A atribuição de uma classificação de "excelente" está limitada a cinco por cento dos funcionários de cada serviço e também condicionada à existência ou não de disponibilidade orçamental no respectivo serviço."

”Publico on line” 24/05/07

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Greve Geral, 30 de Maio


No próximo dia 30 de Maio a Greve Geral sai à rua.

Mas quais as razões que estão por detrás da sua realização?

Quais as suas causas?

Nós dizemos SIM à greve geral porque:

  • A precariedade se agrava e gera insegurança e instabilidade;
  • O desemprego é já o dobro do de há 3 anos, aumentando a pobreza e a exclusão;
  • A revisão do código do trabalho, ao contrário do prometido, poderá ser, de novo, contra os trabalhadores e a favor do patronato;
  • Os salários valem menos, os preços sobem demais, os lucros dos grandes são imensos e as desigualdades aumentam escandalosamente;
  • A emigração é a saída para milhares de portugueses principalmente jovens;
  • O patronato bloqueia a contratação colectiva, recusa o aumento dos salários e ataca os direitos dos trabalhadores;
  • As receitas preparadas na Europa (Livro Verde Relações Laborais) pretendem flexibilizar as relações de trabalho, mais lucros para o grande patronato e são mais brutal ataque aos direitos de quem trabalha, LEGITIMANDO OS DESPEDIMENTOS SEM JUSTA CAUSA, AUMENTAR OS HORÁRIOS DE TRABALHO, entre outras;

Para além disso, assiste-se a um dramático desmantelamento de serviços públicos, centros de saúde, hospitais, escolas, abrindo espaço de forma vergonhosa para o capital privado num claro desrespeito pelos valores essenciais.

É preciso dizer basta!

Grão a grão se fará o nosso areal de luta!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Plenários na Zona dos Mármores

Acções de Esclarecimento e Mobilização para a Greve Geral de 30 de Maio, na Zona dos Mármores


Plenário Geral de Trabalhadores
Alandroal, 18 de Maio
Salão Nobre, 8:00

Plenário Geral de Trabalhadores
Vila Viçosa, 18 de Maio
Teatro Florbela Espanca, 13:30

Plenário Geral de Trabalhadores
Estremoz,
21 de Maio
Teatro Bernardim Ribeiro, 11:00

Plenário Sectorial de Trabalhadores
Borba
, 22 de Maio
Bar das Oficinas, 8:00
Salão Nobre, 11:00 ( O plenário realizar-se-à no Celeiro da Cultura, por indisponibilidade da Câmara Municipal de Borba ceder o Salão Nobre.)

terça-feira, 15 de maio de 2007

Reunião Orgãos Regionais

Reuniram-se na passada sexta-feira, 11 de Maio, na sede regional do STAL em Évora, os Órgãos Regionais, com o objectivo de analisar as acções desenvolvidas pela estrutura regional, pelo 25 de Abril, 1º de Maio e Caravana da Indignação, tendo-se concluído que o esforço, empenho e dinamismo demonstrado pelos inúmeros activistas, foi amplamente recompensado pela participação e mobilização dos trabalhadores.
Durante este encontro abordaram-se ainda, algumas questões orgânicas, nomeadamente, a sindicalização, prioridade no contexto actual, bem como a planificação da mobilização para a greve geral de 30 de Maio, aludindo-se à definição de tarefas a realizar por cada comissão sindical local.
Num período tão difícil para os trabalhadores torna-se fundamental a participação activa de todos nós na defesa dos direitos conquistados. Nessa medida é imprescindível que até ao dia 30 possamos desenvolver o maior número de acções que mobilizem e sensibilizem os trabalhadores para a sua tomada de posição.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

3º Encontro Nacional de Bombeiros, 19 de Maio


Realizar-se-à no próximo dia 19 de Maio, na Sede Nacional do STAL, o 3º Encontro Nacional de Bombeiros.
Esta reunião nacional tem por objectivo renovar o intenso trabalho que vem sendo desenvolvido nesta área, quer junto dos bombeiros municipais e sapadores, quer no âmbito das associações humanitárias de bombeiros voluntários.

Participa!
Faz ouvir a tua voz!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Ecos da Imprensa

“...A tendência da acefalia reinante vai ser a de desvalorizar o acto, de criticar a sua convocação (Greve Geral 30 de Maio) e de valorizar a posteriori o que será visto como o seu falhanço. Mas não deve deixar de ser sublinhado o facto de os representantes dos trabalhadores, os sindicatos e os seus dirigentes terem sentido necessidade de partir para esta forma de luta política, ou seja, terem considerado que o tipo de transformações em curso o justificavam, como o facto de terem sentido que a convocação de uma greve tinha receptividade do lado dos trabalhadores que a ela deverão aderir...”

“...Daí as exigências que o governo prossiga com medidas que têm como caminho a redução da despesa do Estado com os serviços públicos e a redução da própria dimensão e esfera de actuação dos serviços públicos, transformando o que é o fornecimento de bem estar aos cidadãos em formas de negócio e de obtenção de lucros privados. Daí o anúncio da eventual diminuição de funcionários públicos. Daí a redução de serviços de saúde. Daí os ataques à dignidade dos professores e as transformações descredibilizadoras do ensino público. Daí a penalização dos trabalhadores na busca de recursos para manter a Segurança Social. Daí também as mudanças anunciadas ao nível da segurança interna”...

“...Resta perceber até que ponto a sociedade portuguesa está suficientemente politizada e madura e as pessoas vão de facto resistir e lutar pelos seus interesses...”

São José Almeida – Jornalista
Público 28/04/07

sábado, 5 de maio de 2007


No dia 2 de Maio, quarta-feira, passou por Borba, a Caravana da Indignação, acção de luta que tem percorrido o país, com vista a alertar os trabalhadores para os perigos da aplicação das medidas neo-liberais do governo de José Sócrates.

Com o objectivo de sensibilizar os trabalhadores da administração local e restante comunidade para a retirada do âmbito estatal de serviços públicos essenciais para o bem estar e qualidade de vida, realizaram-se contactos com os trabalhadores do Município nos seus locais de trabalho, distribuindo-se panfletos informativos, renovando forças tão necessárias para as lutas que se avizinham, as quais se revestem da máxima importância, nomeadamente a greve geral de 30 de Maio.