“...A tendência da acefalia reinante vai ser a de desvalorizar o acto, de criticar a sua convocação (Greve Geral 30 de Maio) e de valorizar a posteriori o que será visto como o seu falhanço. Mas não deve deixar de ser sublinhado o facto de os representantes dos trabalhadores, os sindicatos e os seus dirigentes terem sentido necessidade de partir para esta forma de luta política, ou seja, terem considerado que o tipo de transformações em curso o justificavam, como o facto de terem sentido que a convocação de uma greve tinha receptividade do lado dos trabalhadores que a ela deverão aderir...”
“...Daí as exigências que o governo prossiga com medidas que têm como caminho a redução da despesa do Estado com os serviços públicos e a redução da própria dimensão e esfera de actuação dos serviços públicos, transformando o que é o fornecimento de bem estar aos cidadãos em formas de negócio e de obtenção de lucros privados. Daí o anúncio da eventual diminuição de funcionários públicos. Daí a redução de serviços de saúde. Daí os ataques à dignidade dos professores e as transformações descredibilizadoras do ensino público. Daí a penalização dos trabalhadores na busca de recursos para manter a Segurança Social. Daí também as mudanças anunciadas ao nível da segurança interna”...
“...Resta perceber até que ponto a sociedade portuguesa está suficientemente politizada e madura e as pessoas vão de facto resistir e lutar pelos seus interesses...”
São José Almeida – Jornalista
Público 28/04/07
terça-feira, 8 de maio de 2007
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